Scott Fisher Telepresence <1985> (Telepresença)
A pesquisa seminal de Scott Fisher sobre realidade virtual foi realizada nos últimos anos da década de 1980, no Centro de Pesquisas Ames, da NASA, em Mountain View, na Califórnia, onde ele trabalhou no projeto VIEW - Virtual Environment Workstation (estação de trabalho de ambiente virtual). Fisher acabou por desenvolver uma interface que podia envolver todos os sentidos, transportando o espectador para dentro de um reino de plena imersão sensorial. O sistema da NASA incluía uma versão aprimorada do head-mounted display (visor acoplado à cabeça), com imagens estereoscópicas que forneciam profundidade de campo estereoscópica, um grande avanço em relação à visão monoscópica do artefato anterior de Ivan Sutherland. Fisher acrescentou fones de cabeça para som tridimensional, um microfone para reconhecimento de voz, e, em colaboração com Tom Zimmerman, adaptou uma "dataglove" (luva de dados) - uma luva conectada, vestida pelo usuário, que lhe permitia agarrar objetos virtuais no ciberespaço.
A interação multi-sensorial com artefatos cibernéticos criava a poderoza ilusão de penetrar numa paisagem digitalizada. Ao redobrar o conceito de Morton Heilig de teatro de experiência, Fisher fez um avanço significativo em direção àquilo que ele chamou de "telepresence" (telepresença) - a projeção do eu dentro de um mundo virtual.
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