Daniel Sandin CAVE <1992>
O artista midiático Daniel Sandin e o engenheiro Thomas DeFanti ingressaram no Laboratório de Visualização Eletrônica da Universidade de Illinois, em Chicago, nos anos 1970. Lá, suas pesquisas de visualização eletrônica culminaram, em 1991, com o projeto e a construção da CAVE - Cave Automatic Virtual Environment (caverna de ambiente virtual automático).
A supressão do ceticismo, tão crítica para o efeito total da realidade virtual, foi aprimorada pelas qualidades específicas da interface da CAVE, que era, na verdade, uma pequena sala de aproximadamente três metros quadrados. Ao entrar na sala, o usuário encontra-se rodeado por imagens sincronizadas projetadas nas três paredes e no teto, sem interrupção aparente. È como ingressar no palco de um teatro virtual. A experiência imersiva da CAVE foi concebida como uma alusão à caverna de Platão; suas múltiplas telas e áudio com som envolvente multi-canal evocam a metáfora de uma representação sombreada da realidade, sugerindo como a percepção é sempre filtrada através do véu de ilusão da mente.
Ao contrário de outros sistemas de realidade virtual, como o VIEW de Scott Fisher, as características da CAVE são acentuadas pela interação entre o real e o virtual. Aquele que imerge na CAVE não se sente fora do corpo, antes torna-se visceralmente consciente de sua presença física no "palco" em meio às imagens animadas e aos sons produzidos.
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