segunda-feira, 5 de abril de 2010

Morton Heilig



Morton Heilig Sensorama <1962>


Nos anos 1950, ocorreu ao cineasta Morton Heilig a idéia de que todo o esplendor sensorial da vida poderia ser simulado com "máquinas de realidade" (reality machines). Ele propôs que a força expressiva de um artista poderia ser aumentada pelo conhecimento científico dos sentidos e da percepção. Sua premissa era simples, mas revolucionária para a época. Se um artista controlasse a estimulação multi-sensorial da audiência, ele poderia lhe fornecer a ilusão e a sensação de uma experiência em primeira pessoa, de realmente "estar lá".
Inspirado em novidades de vida curta como o Cinerama e o cinema 3D, ocorreu a Heilig uma extensão lógica do cinema poderia ser imergir a audiência num mundo artificial que envolvesse todos os sentidos. Ele acreditava que expandindo o cinema de forma a abranger não apenas a visão e a audição, mas também o paladar, o tato e o olfato, as tradicionais quatro paredes da sala do cinema se dissolveriam, transportando a audiência para um mundo virtual habitável. Ele chamou tal cinema do futuro de experience theater (teatro de experiência), e construiu, em 1962, uma estranha máquina, semelhante àqueles jogos eletrônicos em que se colocam moedas, a que chamou de Sensorama, que jogava o espectador no meio de uma excursão multi-sensorial pelas ruas do Brooklyn assim como em outras experiências de viagem substituta (surrogate travel).

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